De erro em erro. De um lado para o outro.

11 de março de 2012

Desconhecido(a).

Faz frio lá fora. Acho que começou a chover entretanto. Eu tenho fome. Não tenho nada para fazer. É por isso que estou aqui, sentada nesta cadeira que não pára de ranger. Mas, agora que me lembro, talvez seja melhor dar uso à caneta que tenho à minha frente. Se ela me deixasse e a minha mão quisesse, teria mil e uma coisas para te dizer. Mas talvez seja melhor cingir-me ao essencial. Sim, acho que vou cingir-me ao essencial.

Tenho saudades tuas, sabes? Sinto falta da tua voz, do teu perfume, do teu sorriso matinal e do teu abraço reconfortante Esse abraço que me aqueceu nas noites frias e me fez gelar quando decidiste partir. Gostava que voltasses, mas eu sei que a minha vontade não passa de uma gota no vasto oceano. Não move montanhas, nem tão pouco consegue chegar a ti. Foste sem qualquer aviso, e eu fiquei aqui, sem saber como seria sem ti.

Esta é a carta que nunca te escrevi. A carta que nunca saberás de quem é porque nunca cheguei a apresentar-me. A carta que nunca irás perceber, porque dentro de ti não existe mais do que o eco do vazio. A carta que jamais guardarás, porque, para ti, ela não passará de uma folha em branco. Seja como for, eu só queria que soubesses que tenho saudades tuas.

Para Ouvir: Paramore - The Only Exception                 Para Ver: Extremely Loud & Incredibly Close (2011)

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