De erro em erro. De um lado para o outro.

13 de julho de 2012

Palavras.


As palavras parecem estar presas ou perdidas na ponta da caneta. Ou talvez a tinta tenha acabado. O tempo voa! Tenho a sensação de que me sentei em frente a esta folha branca agora mesmo e o relógio já marca duas horas passadas sobre esse momento. Palavras, onde estão vocês? Quero sentir-vos a fluir por entre os meus dedos. Sentir-vos a fervilhar na minha cabeça. Sinto necessidade de vos ler.

Todos sentem a vossa falta, mas nem isso não é suficiente para vos fazer voltar. Insensíveis! Deviam ter mais respeito por quem quer realmente saber de vocês. Ah…já me esquecia, a culpa não é vossa. A culpa é da agitação do dia-a-dia. Da correria estonteante da vida. Citando a minha avó, ela diz que há sempre tempo para tudo. Se ela diz é porque é verdade. Bem sei que não têm qualquer motivação monetária, mas não podem desaparecer assim. Não por tanto tempo. Estou a enlouquecer sem vocês. A vossa ausência é como um buraco negro dentro do meu cérebro. Tenho saudades da vossa complexidade descomplexa. Da vossa ironia. Tenho a certeza de que não sou a única.

As pessoas começam a pensar que se esqueceram delas. Que deixaram as vossas responsabilidades de lado. Sim, responsabilidades! Vocês têm de entreter as pessoas. É responsabilidade vossa fazê-las sorrir ou deixá-las a pensar no que acabaram de ler. São vocês que devem deixá-las apaixonadas com as histórias, com as descrições.

Eu sou apenas o fio condutor. Sem vocês a minha cabeça está vazia. As minhas mãos paralisadas. As folhas em branco. As canetas arrumadas num canto qualquer. Sem vocês não pode existir “nós”.
Esta carta não é mais do que um pedido. Espero que ela vos encontre de boa saúde, e de bem com a vida.

Com saudade,
Aquela que vos dá vida.

Para Ouvir: Coldplay - Warning Sign                              Para Ver: Shakespeare in Love (1998)

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