De erro em erro. De um lado para o outro.

1 de março de 2013

Primeiro de Março.


Olá,

Já não me lembrava de como me sinto bem quando escrevo, especialmente quando escrevo para ti. Não consigo lembrar-me da última vez. Depois do que aconteceu, não esperava voltar a escrever-te. Mas hoje é diferente.

Gostava de poder dizer-te muitas coisas, mas nenhuma delas seria totalmente nova. Foste alma, e sangue, e vida em mim. E eu disse-o, vezes e vezes sem conta. Para ti, para o mundo. Amei-te cegamente, como se ama um irmão. Quis proteger-te sempre. Chamar-te sempre para a minha razão. Arrancar-te sempre da tua perdição. Lutei por ti incansavelmente. Perdoei as palavras cuspidas ao vento dos insultos e insinuações. Fui a mão que nunca te largou. Fui porto de abrigo onde pudeste sempre atracar. Fui chão que pudeste sempre pisar. E tu, tu foste o ar que respirei, água que matou a minha sede, sol que me aqueceu, alimento que me forneceu energia.

Dizer que gostei de ti seria um eufemismo. Mas tudo tem um fim. E nós, como tudo na vida, tivemos o nosso. E ainda assim, hoje, aqui estou eu. A escrever-te. A imprimir nas palavras a falta que me fazes, às vezes. Aqui estou eu, a dizer-te que não me esqueço de ti, muito menos hoje. És lembrança que o tempo não cura e que a mágoa não apaga.

Se estiveres a ler isto, não julgues que tenho como objectivo atacar-te. Esta é a minha forma de te dizer que te amei, que te amo, e que vou sempre amar-te, como se fosses do meu próprio sangue. Continuo a ser a mão que não te larga, o porto de abrigo onde podes atracar. Não posso ser o (teu) chão. 

E depois de tudo isto, meu deus, sinto a tua falta. Sinto falta do teu abraço e do teu cheiro.

Parabéns. Espero que tenhas um dia feliz.
Aquela que, usando o eufemismo, gosta de ti.

Para Ouvir: Pearl Jam - Black                                               Para Ver: Amour (2012)

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