Quando dentro de Ti tudo parece estar a correr bem, assaltam-te a alma. Quando julgas que estás perfeitamente estável a nivel emocional, Meu Deus, arrancam-te pedaço do que és. Quando acreditas piamente que desta vez te vais dar bem, que desta vez vais ultrapassar (todos) os medos, que vais sentir-te mais seguro(a) de ti mesmo(a), tiram-te as forças, cortam-te as asas. As palavras deixam de fazer sentido, o teu pensamento foge para quem te tirou Tudo.
Porquê Eu ? Porquê agora ?
Deixas-te ficar no teu canto, deixas que os olhos se encham de um liquido incolor que te impede de veres nitidamente aquilo que és e/ou queres ser, aquilo que está e faz parte do Mundo onde estás. Levas as mãos à cabeça, como se desistisses de tudo naquele preciso momento. Ninguém te vê, ninguém te sente. Na verdade, ninguém sabe que estás ali, encolhido(a) naquele canto escuro, porque ninguém imagina o que sentes, ninguém sabe o que queres. E por mais que tentes explicar, as palavras perderam o sentido no momento em que te assaltaram a Alma. O tempo passa e tu vais ficando com Ele, como se tivesses medo de enfrentar o que ele tem para te dar. E ficas,
e vais ficando...
até explodires. Não consegues conter as lágrimas, mas também não queres controla-las. Dás-te ao silêncio. Ele sabe tudo, ele percebe tudo, e não te julga. E não te pede calma, nem tão pouco diz que o que sentes se pode controlar se quiseres. Dá-te a estabilidade de que precisas, dá-te sossego. Ficas só mais um bocadinho no aconchego frio daquele canto. Depois levantas-te (porque um dia hás-de secar e partir, sem que tenhas de sofrer mais, por quem quer que seja. Enquanto isso, fora das quatro paredes onde estás, há um Mundo inteiro á tua espera, mesmo que já não acredites nisso). (E) Que saudades de ser criança, de não saber o que é viver no Mundo dos Crescidos. Que saudades dos mimos. Bate tão forte dentro de ti que não consegues deixar de fechar os olhos e imaginar como seria se (voltasses a ser criança)...Mas...
Não ! Não ! Não !
(Agora) Somos pessoas comuns. Sentimos, choramos, sorrimos, mas também nos destruimos.
Para ouvir: John Legend - Ordinary People
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